dont look back in anger

e dessa tua nova vida eu ja nao sei nada. nao sei se andas te alimentando, se andas dormindo muito. nao sei se ja diriges bem e nem quem botas no banco do caroneiro. ou no de trás...
dessa tua nova vida eu só queria saber da inexistencia. queria saber da falta que faço ai perto, sendo ranzinza e reclamona. enrolando o teu cabelo, beijando tua boca e deitando no canto da parede. meu canto.
ja tem dois meses dessas novas vidas. a minha. a tua. ja tem dois meses que nossos caminhos nem se esbarram... seja pela br em duplicaçao, seja pela frieza do teu olhar. ja tem dois meses que o meu coraçao nao bate grande como ele batia. dois meses que eu nao me sinto pequenininha no meio do teu braço grandao.
ja tem dois meses que eu nao falo oi, gandao.
parece que foi ontem que a gente brincava de tirar a roupa pela cozinha. pelas cozinhas. e eu lembro bem do quanto a dupla era dinamica.
ja faz algum tempo que o meu olho passa por varios rostos. tipo aqueles cabides de gravata, sabe? as pessoas vao passando... passando... passando... é hora da festa e a gravata que eu quero nao ta ali pendurada.
ja faz um baita tempo que as tuas palavras sao ásperas, que o teu olhar me desvia, que a tua foto nao pisca no meu celular. ja faz um tempo!
eu fecho o olho toda noite e te vejo entrando no meu carro, me vejo te roubando pra longe, de novo. vejo o cobertorzinho se enrolando na gente sentado de frente pro mar, a minha cabeça encostada no teu ombro e o teu braço em volta de mim.
ja faz algum tempo que tu nem sabes meus planos. mas calma... ainda dá tempo pra eu te contar tudo.